Bearded Runner on Instagram

sexta-feira, 27 de março de 2015

A 18h do meu primeiro ultra.

Dei por mim a pensar o que se iria fazer no sábado.
E tive a resposta num pacote de açúcar...



Vou passar um dia no campo.... a correr! :)

quinta-feira, 26 de março de 2015

A 39h do meu primeiro ultra.

Não sei se isto é bom ou mau, mas a verdade é que não sinto nervoso de espécie alguma. Nem muito nem pouco, nem graúdo nem miúdo. Lembro-me da semana antes da minha primeira maratona em que não pensava noutra coisa senão aqueles 42,195m que iria percorrer. Não havia noite em que não fosse para a cama em que não estivesse quase 1 hora a imaginar imensos cenários diferentes, ora de sucesso, ora de falhanço total.
Mas desta vez, nada! Talvez ainda apareça.. Talvez surja quando estiver a caminho de Piódão.. Talvez só sinta realmente o peso do que me comprometi a fazer quando estiver na linha da partida.. Talvez, tanto talvez.

A única certeza que tenho é só uma: vou dar o meu melhor! E, independentemente do tempo que demore a completar aqueles 50kms, quero cruzar a meta de braços no ar e sorriso no rosto. Quero abraçar a minha namorada e a família que lá vai estar. Quero viver algo que nunca antes vivi e sentir quaisquer que sejam as sensações que sentimos quando terminamos um ultra.

Quando passar a meta, vou fazer esta dança!


O treino podia ter sido melhor, é um facto. Falta de tempo e de espírito de sacrifício fez com que não tivesse metido nas pernas os kms e elevação que se calhar precisarei. Mas agora  já nada posso fazer. O meu melhor treino nos últimos tempos - ou o mais comprido, vá - foi mesmo a Meia Maratona de Lisboa, que podem ler o report no Corre Mais Rápido. Mas vou tentar resumir a prova num gif...



Boring!!! Parecia que estava a correr numa passadeira, sempre a direito e sem diferenças de piso. Para não falar de tudo o resto... Enfim, Devia era ter seguido o conselho do Filipe e ter ido atravessar a ponte de madeira.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Pequenos (grandes) incentivos para Piódão.

Às vezes estamos em baixo, desmotivados e sem vontade de tentar a sério, desmoralizados com a vida e com os nossos próprios objetivos.Por isso, algum incentivo externo é sempre bem vindo e, em pode até, dar-nos um alento e força que estava ali adormecida.

Hoje, recebi dois pequenos (grandes) incentivos para o Ultra de Piódão:

1- Há a grande possibilidade de ter muita gente da familia a apoiar a minha chegada.
2- Caso consiga terminar a prova em menos de 7h30m, estão-me prometidos 500€!

Acho que vou correr como nunca corri na vida, mesmo que rebente um pulmão e não consiga andar durante uma semana!





terça-feira, 17 de março de 2015

Hola. ¿Quieres saber algo nuevo?

E por que estás hablando em espanhuel, chico?

Ora, porque no meio dos azares que é a vida de uma pessoa, de vez em quando lá aparece o sol e somos aquecidos com surpresas boas. E há lá surpresa melhor que numa sexta-feira 13 se receber a novidade que se ganhou uma inscrição para a Maratona de Madrid?



Quer dizer, não fui eu que ganhei, mas foi-me oferecida, por isso, é quase o mesmo.

Eu, Barbudo da Silva, não tenho sorte nenhuma no jogo, mas tenho a sorte de ter um amor que tem muita sorte no jogo (claro que ela não tem sorte no amor porque me tem a mim, mas isso são outros quinhentos...) e, num passatempo para clientes EDP, ela ganhou este fantástico prémio. A inscrição está feita e agora é só esperar pelo dia 26 de Abril para fazer a minha primeira internacionalização! Com alguma sorte, já estou recuperado de Piódão e da Sertã!

Chicas e chicos, me voy a Madrid! Olé!

sexta-feira, 13 de março de 2015

Ainda sobre Vila de Rei.

Ao que parece, eu falo/escrevo muito, mas esqueço-me sempre de dizer metade. Nem falei sobre a organização, nem se gostei ou não... Enfim, uma tristeza!

Organização: Mais uma vez, presentearam-nos com uma prova extremamente interessante (vá, mais para os dos 60K+) e muito bem marcada. Desta vez, nunca em ocasião alguma me enganei. Nos cruzamentos, tiveram o cuidado de colocar ainda mais fitas para termos a certeza do caminho certo. Os abastecimentos foram suficientes para a distância de 23kms e completos em todos os aspetos. A única coisa menos positiva que posso dizer sobre os abastecimentos é que o primeiro abastecimento estava muito longe da partida: 15kms. Para uma prova de 23, e tendo em conta o calor que estava, torna-se excessivo. Até, porque, depois, o segundo abastecimento estava localizado a 5kms do primeiro. Talvez, por causa da tipologia do terreno e da dificuldade em ter um posto de abastecimento mais próximo, tenho sido a base desta decisão. Mas lembro-me que por entre o km 9 e 10, quando atravessámos a estrada nacional, havia um espaço bastante bom para ter o primeiro abastecimento. E penso que um 1º abastecimento por essa distância, não faria mal.
Sim, eu sei que temos de ser auto suficientes, mas mesmo que uma pessoa quisesse desistir por um qualquer motivo, teria que ir até ao km 15.
De resto, nada a apontar. Com elementos colocados em pontos chaves da prova, permitiu que se tirassem umas fotos muito giras ao atletas. No final, um bom banquete para aqueles que iam cruzando a meta com fome. Os banhos também estiveram à altura da ocasião. Usando os balneários das piscinas, a cerca de 600m da meta, permitiu que todos tomassem um banho refrescante com água quente (morna, vá. Fria para os últimos.)

A prova: Como já tinha dito, a primeira parte foi um pouco monótona e com bastante estradão. Bom para as velocidades, mau para quem gosta de coisas mais técnicas. A segunda parte foi bastante mais interessante, com bastantes zonas técnicas e muito giras. Hortas, canais de rega, cursos de água, paredes com degraus, alguma escalada, quedas de água, vegetação verdejante e alguma que nos arranhava as pernas. Gostei da prova. Mais da segunda parte que da primeira, mas é sempre tão bom estarmos a correr pelo meio da natureza. Correr faz-me feliz, como se vê pela foto abaixo.



Agora, falta a quarta e última etapa - Sertã - mas, antes disso, ainda tenho Piódão! :D

quarta-feira, 11 de março de 2015

Território Circuito Centro - Etapa III - Vila de Rei

A corrida já foi quase há uma semana e eu ainda não fiz o devido post. Isto porque mal tenho tempo para ver The Walking Dead, Vikings, Better Call Saul e o Masterchef Australia, quanto mais para escrever um post! Depois, com o recomeço das aulas, ainda está pior. Mas pronto, aqui vai agora.

Ponto primeiro e antes de avançar!! Já deu para ver pelo Papa Kilometros que a prova dos 67kms foi muito gira, cheia de coisas super interessantes, repleta de paisagens de taquicardias, mas a prova dos 23kms foi, em grande parte, muito fraquinha. Mas já lá chegamos.

Sábado, 4:30 da manhã e toca o despertador. Bolas para isto que estava tão bem ferradinho a dormir desde as 1:30. 3 horas de sono devem chegar. Sair da cama, vestir, preparar o pequeno almoço para comer quando chegasse a Vila de Rei. Com tudo organizado na noite anterior, o protocolo matinal - ou madrugal - foi mais fluido. Por volta das 5:15, fui dar beijinho à menina - que mal abriu os olhos para se despedir - e saí de casa. Tinha cerca de 160kms pela frente e não me queria atrasar muito. Pelo caminho, pude ver o sol a nascer. Mesmo que na autoestrada, é sempre uma coisa que nos aquece o espírito.



Chego a Vila de Rei por volta das 7:15. Bastante a horas, portanto. Mando mensagem a avisar da chegada e vou levantar o dorsal. Quando estou no secretariado, topo um gajo alto a olhar para mim. Pensei logo que tinha que fazer a minha cara de poucos amigos e que tinha namorada. Mas ele vem até mim de mão estendida e apresenta-se. Afinal, era só o Carlos Cardoso. Claro que mudei logo de tromba e sorri. Agora, fica aqui o aviso para todas as pessoas. EU NÃO RECONHEÇO NINGUÉM, MAS MESMO NINGUÉM!! Não é que não queira, nem é por mal,simplesmente não consigo. Fico a olhar para as pessoas com cara de parvo e pronto. Estivemos ali um pouco na converseta e quando chegou a hora de equipar e briefing, cada um foi à sua vida. Os dos 60K+ partiram com 30minutos de avanço. Durante o briefing dos 20K+ o organizador disse-nos logo para não tentarmos recuperar o tempo perdido, que não valia a pena e que isso nos poderia sair caro na parte final da prova. Que o início era bastante rolante, mas que depois se tornava bem mais técnico. Vamos lá para a partida e embora que se faz tarde.




Arrancámos pelo meio de Vila de Rei até chegarmos a um estradão de terra que entrava na serra. Depois, este estradão, exceptuando um pequeno traçado, durou quase 16kms! Eu gosto de estradão, mas não estava a contar assim com tanto numa corrida tão pequena. Ao km 3 primeira grande subida. Estávamos a subir até ao marco geodésico e foi difícil, bastante difícil. Se no inverno há o problema da lama, no verão há o problema da pedras e terra solta. A custo e a andar, lá trepámos colina acima.



A partir daí, iniciámos uma descida por trilho mais técnico e single track. Gosto destes trilhos. Para além de serem rápidos, sentimos as árvores e as ervas a roçarem em nós e ainda nos dá uma maior sensação de velocidade. Até que voltámos a entrar em estradão e foi assim até ao primeiro abastecimento, ao km15. Era estradão para cima, estradão para baixo, mais declive, menos declive, plano. Enfim... Os dois pontos mais interessantes nestes primeiros 16kms foram a parede de escalada e a parede de rappel. A parede de escalada devia ter uns 30metros e tivemos de a escalar sem ajuda de cordas; a parede de rappel, lá tinhamos uma corda para evitar que nos esbardalhássemos montanha a baixo. E adivinhem lá quem eu encontrei no início da parede de rappel e com quem tirei uma foto? :D Fiquei tão contente que até tive de usar um smiley para me expressar convenientemente!





A partir daqui, entrámos na zona mais interessante na corrida mais pequena, apelidada de "Trilho das Cataratas". Corremos quase sempre ao lado de um pequeno rio (ou ribeiro) e tivemos de o atravessar bastantes vezes. E, claro, de vez em quando apareciam umas pequenas quedas de água deslumbrantes. Foi a partir daqui que eu me marimbei para o tempo e me dediquei à fotografia! Esta segunda parte do percurso teve pormenores muito giros, desde descer paredes através de degraus embutidos nela, como correr pelos canais de rega. Atravessámos hortas e fomos cumprimentados por quem nelas trabalhava.





Pouco depois do segundo abastecimento, nova parede de escalada, desta vez com cordas e tudo para que a conseguíssemos subir. Lá me agarrei a elas e fui escalando, escalando, escalando.... Entrámos na parte final e novamente tracks perto de água, o que me permitiu refrescar a cara e os pés sempre que me apetecia. Mais uma vez, passam duas pessoas por mim que me desejam boa sorte - eu costumo fazer o mesmo -  e ela continua e diz que me reconhece de alguns treinos do Correr na Cidade e do João Campos. Claro que eu não reconheci ninguém, mas se eles diziam que sim, eu disse o mesmo. Fomos algum tempo juntos mas depois eu paro e eles seguem. Só já os voltei a ver na meta.




Esta malta da organização gosta muito de fazer uma coisa: quando achamos que estamos quase a chegar, ainda conseguem desencantar uma subida daquelas tramadas para não chegarmos a rir e frescos e fofos à meta. Desta vez, não foi diferente. Lá a subi, lá comecei finalmente a descer e lá cruzei a meta. Foram 23k em 3h24'57". Depois da meta, comer alguma coisa, banho e regressar a casa, onde dormi uma bela de uma sesta! :)


quarta-feira, 4 de março de 2015

Os números de fevereiro e o caminho para Piodão.

Pois é... Os números de fevereiro são uma valente poia de cavalo. Daquelas que estão no meio de um single track e não o vemos a tempo antes de lhe pôr um pé em cima, e logo com os ténis novinhos!
Embora tenha feito mais atividades que em janeiro, isso não se refletiu em kms. Fiz 13 atividades, mais uma que o mês passado, mas quase menos 100kms! Fiquei-me pelos 111.1kms. O que é um número engraçado, mas muito aquém daquilo que se esperava.

O grande fator para isto é o início das aulas da universidade, que me deixam com menos tempo para correr. Ou o faço de manhã antes do trabalho, ou praticamente às 23h. Nenhuma das opções me agrada por aí além, e é nos fins de semana que aproveito para me dedicar um pouco mais à corrida. E se em janeiro estava em época de exames, ajudava no facto de não ir trabalhar e usar algum desse tempo para correr e desanuviar a cabeça dos estudos. Depois, chegou fevereiro e com ele o dia todo ocupado. Também aproveitei algum tempo para namorar um pouco e as corridas ficaram para terceiro plano. Por muito que me custe, terei que arranjar força e brio para me levantar mais cedo e dar umas corridas. Talvez acompanhe os esquilos num ou noutro treino, logo pela fresquinha.

Com isto tudo, quem sai prejudicada é a preparação para o Ultra de Piodão. A 3 semanas, não tenho treinado nada de jeito e arrisco-me a ficar a meio do caminho. Vale-me os 23kms de Vila de Rei que vou usar como um treino muito, muito sério (nem vou parar para fotos!! hahahahahaahahah) e a meia maratona de Lisboa, uma semana antes de Piodão. Quero ver se dedico algum tempo ao reforço muscular, que, na ausência de corridas, só me fará bem. Mas, para isso, preciso de ganhar força de vontade para o fazer depois de chegar a casa, depois de 3h30m de aulas, depois de um dia de trabalho. A ver vamos....