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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ficar em forma sem ir ginásio

Sei bem que ir ao ginásio fica caro. Mesmo os ginásios low cost, em que pagamos 25€ por mês, podem não ser suportáveis. É que a juntar a estes 25€ há a renda da casa, a renda do carro, combustível, comida, água, luz, gás e tantas outras coisas que são mais importantes que ir para o ginásio.

Mas, acredito nisto, o ginásio é apenas aquilo que nos dá uma sensação de obrigação em fazer exercício, porque se estamos a pagar, mais vale lá ir.

Felizmente há muito exercício que podem ser feitos fora do ginásio, no conforto do nosso lar ou no parque mais próximo de casa. Podemos até combinar com amigos e irmos todos ter uma tarde de exercício em grupo.

Por isso, vou partilhar convosco 40 exercícios que podem fazer em qualquer lado, sem gastarem um euro! Quer dizer, para alguns podem querer comprar pesos e elásticos TRX, mas ao fim de alguma utilização estão pagos e, melhor, são vossos e usam quando quiserem.

Não sou mestre nestas coisas, mas acredito que se escolherem 10exercicios destes e os repetirem 50vezes, 3 ou 4 vezes por semana, que irão a ver resultados.



Bons treinos!

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

2º Trail Fluviário de Mora

Foi no dia 26 de Outubro de 2014 que fiz a minha primeira prova de trilhos. Curiosamente foi na primeira edição de uma prova realizada na terra que me viu crescer: 1º Trail Fluviário de Mora.

À data nem o equipamento tinha para uma prova daquelas. As minhas sapatilhas eram as de estrada e nem sequer uma mochila de hidratação tinha. Não que fosse precisar, pois participei na versão curta, 15kms. Achei que fazer a versão longa, 30kms, sem nunca ter feito algo do género, sem equipamento adequado e uma semana antes da Maratona do Porto, seria pouco consciente. Mas aqueles quase 15kms foram suficientes para me apaixonar pelos trilhos, mais ainda que pela estrada. Decidi naquele dia que me dedicaria aos trilhos, um pouco em detrimento da estrada. Desde então muitas foram as provas e localidades por onde já corri, sempre numa alegre comunhão entre o Homem e a Natureza, incluido 3 ultras (provas com mais de 42kms). E, verdade seja dita, andava ansioso pela segunda edição desta prova.




Antes de Outubro comecei a procurar por ela e nada, não encontrava nada. Questionei o Fluviário de Mora sobre o assunto e disseram-me que a data seria oportunamente divulgada. Como o normal é que as provas tentem ser sempre numa data certa, com o aproximar do dia da edição anterior, comecei a pensar que este ano não iria acontecer. Falei com algumas pessoas (fora de organização e estrutura do Fluviário) que me disseram que iriam adiar porque a data coincidia com a da Maratona de Lisboa, o que poderia afetar a adesão do público.Assim, esperei por novidades.

E no inicio desta semana a boa nova surgiu. A 2º edição do Trail Fluviário de Mora irá acontecer no dia 13 de Dezembro, com uma distância longa (40kms), uma distância curta (15km) e uma Caminhada (não competitiva). Claro que já estou inscrito, desta vez, na versão longa. Será bom voltar a correr pelos trilhos que me encantaram tanto e que foram impulsionadores para outros voos! Será uma muito boa oportunidade para ir à minha terra, ver os meus e visitar (pela enésima vez) o Fluviário de Mora. Será uma excelente oportunidade para que quem ainda não o visitou, o faça com a família. Será, de novo, uma extraordinária forma do concelho de Mora mostrar a sua qualidade, as suas gentes, a sua gastronomia e como o povo alentejano sabe bem receber.

Depois de no ano passado ter cerca de 250 inscritos (nas 3 versões), este ano, dado o numero crescente de participante neste tipo de prova, espera-se que os inscritos sejam em maior quantidade. Se ainda não estás inscrito, do que estás à espera? Vem, com sorte vai estar a chover!


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

I Trilhos de Bellas - Uma agradável surpresa.

O I Trilhos de Bellas assinalou o meu regresso às provas de trilhos, depois do Ultra Trail Rocha da Pena, em Agosto. Foram mais de 2 meses em que estive completamente parado e outro em que obriguei o corpo a coisas que não estava preparado, como a Maratona de Lisboa.

Mas estava com saudades de correr a arranhar as pernas, tinha umas sapatilhas para sujar e Belas é já aqui ao lado de Lisboa. Esta mistura fez com que me inscrevesse na versão longa da prova: os 25k+.



Com arranque previsto para as 9h e o ter de levantar o dorsal antes da prova, o levantar da cama foi às 6h30. Tomar o pequeno-almoço, arrumar as coisas na mochila, preparar uma muda de roupa e ala que se faz tarde. A manhã acordou cinzenta e com nuvens a fazerem-nos sorrir com a possibilidade de correr à chuva. Tal não aconteceu, e o sol que tardou a aparecer, fê-lo com temperaturas altas. No local da partida, a habitual alegria de quem está entre amigos e se prepara para fazer algo que gosta muito.

A ver o tempo no telemóvel.

A pensar que me esqueci de levar chapéu ou buff.


Com um atraso de pouco mais de 30', deu-se a partida do trail longo.Corremos 100m em alcatrão até virarmos para a 1º subida que deixou alguns atletas a caminhar. Como a estrada não era muito larga, fez com que fosse dificil ultrapassar. Eu lavava um plano para esta prova: correr sempre a um ritmo certo, fosse em subidas, em plano ou nas descidas. Um ritmo certo e calmo que se revelou uma boa estratégia. Quem me passava nas descidas e no plano, era passado por mim nas subidas em que andavam enquanto eu corria.

O percurso foi um boa surpresa na altimetria e na tecnicidade das descidas. Com subidas longas, 2 ou 3 'paredes', muitas descidas técnicas, estradão e single track, foi um percurso completo em todas as vertentes dos trilhos. Os abastecimentos, 2 durante a prova (7,5km e 17,5km) estavam nos locais exatos e com o suficiente para uma prova desta distância. Como nunca fui a um ritmo muito forte, no primeiro abastecimento nem sequer parei. Não sentia necessidade e ainda tinha água na mochila e aproveitei para ganhar algumas posições. A prova foi um constante sobe e desce. A organização já tinha avisado que não ia ser fácil nem um passeio no parque. As subidas obrigavam-me a tocar com o nariz no chão e as descidas a ter muito cuidado onde punha os pés, não fosse escorregar nalguma rocha. Felizmente, as minhas La Sportiva Bushido portaram-se impecavelmente e ao fim de 2 descidas já tinha confiança suficiente nelas para arriscar passadas maiores mesmo em piso enlameado.

Isto não sou eu a dizer que está tudo bem,
isto sou eu a pedir boleia até lá acima.


A partir do km14 comecei a sentir alguma fome. O pequeno-almoço tinha sido há algumas horas atrás e as reservas já se estavam a esgotar. No segundo abastecimento parei para comer umas bananas, tomate com sal, uma batatas fritas e isotónico. Demorei um pouco na conversa e quem tinha ultrapassado no 1º abastecimento, apanhou-me ali. Arranquei para os 10kms finais. Estava a fazer uma boa prova, sem dores, sem cansaço, com um bom tempo e a divertir-me. As vistas nos pontos mais altos da prova, com o sol a aquecer-me o corpo, lembrou-me que não posso estar tanto tempo sem ir aos trilhos.

Até aqui tudo estava a correr bem a nivel da organização, sempre com voluntários a indicar-nos o caminho nos locais de cruzamentos, mas ao km 23, quando cheguei a um cruzamento não havia lá ninguém. Pior, também não havia fitas. Eu e mais outro atleta seguimos por uma estrada, em direção a um policia que estava junto a outro cruzamento e avistámos fitas. Seguimos por aí até que fomos abordados por um carro da policia que nos disse que aquilo era o caminho da prova dos 10kms. Voltámos para trás e encontrámos mais 4 atletas que também estavam a seguir o caminho errado. Os policias não sabiam por onde era, e, por isso, seguimos pela nacional em direção a Belas. Ao fim de 2kms lá demos com o percurso certo. É muito provável que devido a isto tenhamos ganho tempo em relação a quem seguiu o caminho certo, afinal de contas viemos sempre pelo alcatrão e eles pelos trilhos. Dali até ao final foi um tirinho e passadas 3h32'49" cruzei a meta.

A correr para a meta! Isolado no lugar 139!


No geral foi uma boa prova e uma agradável surpresa. Podia ter sido uma prova perfeita, mas não o foi por 3 motivos: o atraso na partida; a partida do trail curto pouco espaçada do longo, que fez com que ao km 3 já estivesse a levar cotoveladas dos velocistas dos 10kms, quando ultrapassavam nos single tracks; a falta de voluntários na parte final da prova. De resto, foi um dia de festa, dia de rever amigos e de voltar a participar numa prova de trilhos. 

Para o ano, talvez lá esteja, desde que eu saiba com quem tenho de falar acerca da limpeza das minhas sapatilhas!

Todas sujas!! :( :(